Inazuma Eleven – 3DS
Desenvolvedora: Level-5
Publicadora: Level-5 e Nintendo
Ano de Lançamento: 2014
A mistura entre
Futebol e RPG clássico!
Por muito tempo me perguntei se isso seria algum dia possível,
o pior é que já existia e eu não sabia, descobri graças uma bela promoção da
Nintendo que estava oferecendo Inazuma Eleven por apenas U$ 9,99, não hesitei e
comprei.
Essa versão trazida para o Ocidente é a mesma que saiu há
alguns anos para a Nintendo DS, foram feitas algumas melhorias gráficas, mas o
restante se mantém.
Para quem não conhece a história do jogo, iremos descobrir
como todo bom RPG o herói é confiante, destemido, mas está em algum lugar que o
faça ser inferior aos outros, seja num vilarejo pequeno, seja por ser órfão e
sempre têm um sonho e objetivo, seja salvar a princesa e blá blá blá.
SE TORNANDO UM
INAZUMA ELEVEN
Como iniciei anteriormente, aqui segue todos os clichês
básicos dos RPGs, é sempre aquela mesma conversa com um toque diferente do
diretor do jogo, mas como seria essa ladainha toda inspirada em futebol? Posso
dizer que é gol de letra!
A história começa com Mark Evans (Endou Mamoru na versão
japonesa), o mesmo é neto de Dave Evans o técnico do lendário time da escola
Raimon, conhecidos como Inazuma Elevens, mas no momento a escola Raimon deseja
se desfazer de sua equipe de futebol, já que a mesma não possui o brilho de
tempos remotos. É nesse ponto que nossa
história se inicia, quando Mark precisa reunir mais jogadores e conquistar a
confiança do diretor da escola para que a equipe não seja desfeita, mas tudo
vai mudar com a chegada de Axel Blaze (Shuya Gouenji) e a partir desse ponto se
desenrola a história.
Esse jogo tá mais pra
PES e FIFA ou Final Fantasy?
Fiz essa pergunta em quanto meu console baixava os poucos
mais de 3 mil blocos, esse jogo é oferecido apenas na versão digital, em um primeiro momento achei um tanto confuso
o jogo, já que o analógico, os direcionais digitais e os botões de face apenas
movem a câmera durante o jogo, que ocorre na telinha de toque.
Na tela superior durante as partidas fica apenas o placar,
tempo e objetivo, na inferior fica a jogatina e ai começa o prazer e a tortura:
o prazer está no controle diferenciado, aqui você vai desenhando para onde seus
jogadores vão correr e chutar, ou seja, dá pra controlar todos
independentemente, mas... Ai mora a tortura, os jogadores seguem exatamente o
que foi pedido, mas não farão outra coisa até terminarem a anterior, então uma
decisão de posicionamento errado e você poderá abrir sua defesa ou colocar seus
atacantes no lugar errado, poderia ter uma opção de desfazer a jogada naquele
momento,.
Outro ponto desagradável é o fato do Menu onde são dadas
essas ordens ser acessível apenas tocando num pequeno ponto da tela, poderia ter sido usado o L ou R do console,
já que é horroroso abrir esse menu em meio a uma partida importante do
campeonato.
Agora falando dos pontos positivos, é muito gratificante ver
que alguém pensou em uma maneira diferente de jogar futebol, a jogabilidade é
muito boa e caso você não fique posicionando seus jogadores os mesmo vão correr
atrás da bola, o que te libera para pensar em como atacar vosso adversário.
Futebol no melhor
estilo Oliver Tsubasa!
Como não poderia deixar de ser em um RPG, aqui também
existem os “poderes”, que são as jogadas especiais, cada jogador de seu time
pode aprender uma boa quantidade delas com o passar dos níveis, temos também
diversos status para serem elevados, formando assim um clássico Final Fantasy,
saindo os Mages, Wizards, Clerics e Warriors e entrando os Goleiros, Zagueiros,
Meios-campos e Atacantes. As jogadas
consomem TP e sua chance de acertar ou falhar depende do FP seu e do adversário
que está disputando com você e o elemento que ele representa: Terra, Ar, Fogo,
Planta.
As animações das jogadas especiais são exibidas na tela de
cima e possuem um pobre efeito 3D, nada digno de cinema, só está lá para
acender a luz do 3D que fica ao lado do regulador, mais nada, as animações
estão muito bem feitas, sinto apenas a ausência das vozes dos personagens, pois
apenas o movimento deixa o jogo sem clima. As jogadas especiais são divididas
em quatro grupos: Block, Drib, Shot e Save (só para goleiros).
Dependendo da posição dos jogadores eles poderão aprender
mais de um grupo do que de outros, algumas são mais caras em TP do que outras e
esse custo também têm haver com a eficiência dela funcionar, tornando o
elemento estratégia muito fluente no jogo.
Convocando jogadores
O jogo promete mais de mil jogadores que podem ser
convocados, isso deixa tudo diferente, já que podemos montar o nosso Inazuma
Eleven, contando também que podem ser convocados jogadores de times adversários
e outros alunos do colégio Raimon, isso aumenta em muito o fator replay, já que
sempre podemos encontrar novos jogadores para nosso time.
O jogo está composto em duas modalidades de jogos o Battle
que são as batalhas aleatórias onde é utilizado o goleiro e mais três jogadores
de linha, essa acontece enquanto vamos para lá e para cá na história e são bem
fraquinhas, já que com pouco menos de 3 toques você conseguirá fazer gol, o
outro modo são as partidas 11x11, no estilo normal de futebol, elas acontecem
nas 2 ligas que existem na história a Regional Soccer Frontier e a Soccer
Frontier, seria um campeonato estadual e um brasileiro, trazendo para nossa
realidade.
Após vencer algum time nesses torneios é liberado as
partidas amistosas com ele, ótimas para aumentar o nível de seus jogadores e
melhorar o modo de seu ataque e defesa, durante as partidas é possível utilizar
item para recuperar seus jogadores, mas não é possível substituir jogadores,
então o time que começa, termina, não vai ser estranho caso você tenha seus
favoritos no time, acredito que Kevin e Axel serão sua dupla de ataque por todo
o jogo.
Como não só de futebol vive Inazuma Eleven, você irá perder
um bom tempo indo para lá e para cá, conversando com os NPCs, e seguindo a
história que é muito bacana, bem acima da média para um jogo tão incomum.
Isso é um Port de DS!
O jogo contém gráficos cartunesco e lembra um pouco a
geração anterior de Pokémon, com a visão de cima e os personagens se
movimentando na horizontal e vertical, o som não compromete, apesar de não
passar de meia dúzia de canções o jogo inteiro, acredito que a da abertura “Tachiagari Yo”
vá ficar na sua cabeça por um bom tempo.
Vale ou não?
Não é um jogo para se investir U$ 39,99 e nem U$ 29,99,
acredito que até U$ 19,99 vale à pena, já que vai te entreter por algumas horas,
a minha campanha durou um pouco mais de 22 horas, o que é bem longo se
considerar que é um jogo portátil, claro que está longe das 50 horas do Rune
Factory 4, mas está valendo.
Nota Final: 70/100
Considerações Finais
O jogo é muito bom, mas derrapa em alguns pecados que não
deveriam existir, afinal é um remake/port, se já não era tão bom, por que não
arrumaram os erros?
Mas eu recomendo muito, afinal depois que o peguei só parei
agora para fazer essa análise!
PS: Com o sucesso do jogo no Japão foi criado um anime com o mesmo nome, os episódios podem ser encontrados aqui.
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